Querer é poder é um erro. Foi o bug mental mais difundido nos últimos anos. Um vírus subtil que ecoa nos nossos inconscientes como as músicas do Roberto Carlos. Todos sabem trautear, conhecem a melodia. E sem darmos conta estamos a cantar as Baleias.
Quem o instalou, como foi o meu caso durante algum tempo, acabou por aprender da maneira mais difícil o que esse lapso promove. E como é fácil de compreender querer promove a inação. Porque se o meu poder for apenas querer basta fechar os olhos, meditar durante horas seguidas e esperar que aconteça.
Se querer fosse mesmo poder acredito que muita gente não estava infeliz no seu local de trabalho. Ou não passavam pelas dificuldades a que assistimos todos os dias. Nas nossas e nas vidas dos outros.
Se querer fosse o poder todos eram campeões nacionais. Europeus ou mundiais. Se querer o fosse poder as relações humanas seriam tão diferentes.
O que acontece, a meu ver, é que o querer deve ser o motor para o fazer. Fazer o querer acontecer é que é o verdadeiro poder. A ação é o caminho para materializar os nossos sonhos. Querer ajuda. Claro que sim. Mas querer sem ação é como ir a uma loja de roupa só para ver. Ajuda a conhecer o que há mas se não experimentares ficas sem saber se aquela peça é para ti ou não. E o cérebro adora ver-nos em ação. Cria uma imagem interna mais positiva sobre nós. Mesmo com os erros naturais de quem age o inconsciente prefere a ação.
Querer é poder. Mas entre os dois existe o fazer.
Faz acontecer a teu querer conhecendo quem és. Qual é o teu propósito. Que talentos trazes contigo sagradamente guardados na tua alma. Conhece que mais valia os teus talentos acrescentam ao mundo. E age. Existe alguém a precisar dos teus talentos.
PS: Adoro as canções do Rei.